Em meio à crescente epidemia de dengue na Bahia,com um caso de morte confirmado em santo Estêvão, levanta alarmes na comunidade. Além dos tradicionais cuidados para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, como eliminar água parada e manter os ambientes livres de entulhos, os especialistas recomendam o uso de repelentes. No entanto, o produto tornou-se escasso e caro nas farmácias locais, deixando os moradores em alerta.
O gerente de uma Farmácia na praça Sete de Setembro relata um aumento exponencial na demanda por repelentes. “Há 15 dias vendemos 5 unidades para um único comprador”, destaca. Ele observa um aumento de vendas superior a 40%, especialmente das marcas SBP, OFF e Exposis, conhecidas por conterem icaridina, uma substância eficaz contra os mosquitos transmissores da dengue.
Durante uma pesquisa nas farmácias do centro da cidade, encontramos o Sr. João Bastos, que está desesperadamente em busca do insetífugo para proteger seus filhos durante um retiro da igreja. “Entre em várias farmácias e não consigo encontrar. Os que eu encontro não têm icaridina e não estão nada baratos”, lamenta.
Os repelentes disponíveis no mercado contêm substâncias como DEET, Icaridina ou Picaridina, e EBAAP ou IR3535. As concentrações e recomendações de uso variam de acordo com a idade dos usuários. A embalagem do produto traz informações precisas, orientando sobre a concentração adequada para cada faixa etária. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) ressalta que soluções caseiras à base de própolis não possuem eficácia comprovada pela Anvisa.
Enquanto isso, a escassez de repelentes preocupa as autoridades de saúde e a população, que busca proteção eficaz contra a epidemia de dengue. Embora os repelentes de tomada tenham mostrado eficácia em laboratório, a fundação alerta que cepas presentes no ambiente podem escapar de seus efeitos. Assim, a busca por medidas preventivas torna-se essencial para conter a propagação da doença em Santo Estêvão.
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